terça-feira, 23 de junho de 2009

DICA LITERÁRIA

SINOPSE:
A Bolsa Amarela já se tornou um clássico da literatura infanto-juvenil. É o romance de uma menina que entra em conflito consigo mesma e com a família ao reprimir três grandes vontades (que ela esconde numa bolsa amarela)- a vontade de crescer, a de ser garoto e a de se tornar escritora. A partir dessa revelação- por si mesma uma contestação à estrutura familiar tradicional, em cujo meio a criança não tem vontade- essa menina sensível e imaginativa nos conta o seu dia-a-dia, juntando o mundo real da família ao mundo criado por sua imaginação fértil e povoada de amigos secretos e fantasias. Ao mesmo tempo que se sucedem episódios reais e fantásticos, uma aventura espiritual se processa, e a menina segue rumo à sua afirmação como pessoa. A Bolsa Amarela recebeu o selo de ouro da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, dado anualmente ao livro considerado "o melhor para a criança".

ATIVIDADES DE MATEMÁTICA DIVERSAS






















OBS: CLIQUE EM CIMA DAS IMAGENS PARA AMPLIAR.
CLIQUE COM O BOTÃO DIREITO E SELECIONE "SALVAR COMO" CASO QUEIRA GUARDAR AS ATIVIDADES EM SEU PC.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

VÍDEOS SOBRE ALFABETIZAÇÃO - ÓTIMOS!

http://www.youtube.com/watch?v=2wK9lw2cehI



http://www.youtube.com/watch?v=RzR-ga8ke9U




http://www.youtube.com/watch?v=85anC1wxGoA


http://www.youtube.com/watch?v=WiMcSsryCG0

segunda-feira, 15 de junho de 2009

MODELO: FICHA DE OBSERVAÇÃO




PARA QUEM É PROFESSOR COORDENADOR, SEGUE ESTE MODELO DE FICHA DE OBSERVAÇÃO, SUGERINDO O QUE PODE SER OBSERVADO DENTRO DE UMA SALA DE AULA (CLIQUE EM CIMA PARA AMPLIAR).

MODELO DE AVALIAÇÃO - 5º ANO

MODELO DE AVALIAÇÃO (SARESP / 2005) DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA 5º ANO (4ª SÉRIE),











domingo, 14 de junho de 2009

O SIGNIFICADO DOS CONTOS DE FADAS PARA AS CRIANÇAS

DESCUBRA NESTE LIVRO O SIGNIFICADO QUE OS CONTOS DE FADAS TEM PARA AS CRIANÇAS.


SINOPSE:


Em 'A psicanálise dos contos de fadas' , Bruno Bettelheim faz uma radiografia das mais famosas histórias para crianças, arrancando-lhes o seu verdadeiro significado. Os contos de fadas considerados pelos pais e educadores até pouco tempo como 'irreais', 'falsos' e cheios de crueldade, são, para as crianças, o que há de mais real, algo que lhes fala, em linguagem acessível, do que é real dentro delas. 'A psicanálise dos contos de fadas' mostra as razões, as motivações psicológicas, os significados emocionais, a função de divertimento, a linguagem simbólica do inconsciente que estão subjacentes nos contos infantis.
POR QUE SERÁ QUE FADAS E BRUXAS ENCANTAM TANTO NOSSOS PEQUENOS?...
APROVEITE O INTERESSE DA TURMA E LEIA OS LIVROS ABAIXO; TENHO CERTEZA QUE OS ALUNOS IRÃO ADORAR (E VOCÊ TAMBÉM)!




"MANUAL PRÁTICO DE BRUXARIA EM ONZE LIÇÕES"
ED. ÁTICA

SINOPSE:
Piadas, receitas culinárias, dicas de costura, de jardinagem... fazem este manual arrepiar e matar de rir qualquer aprendiz de feiticeiro.

"BRUXA, BRUXA VENHA A MINHA FESTA"
ED. BRINQUE BOOK

SINOPSE:

Uma garota pede para que toda a sorte de seres assustadores compareça a sua festa. E lá vão Bruxa, Gato, Espantalho, Coruja, Árvore, Duende, Dragão, Pirata, Tubarão, Cobra, Unicórnio, Fantasma, Babuíno, Lobo e... epa! Chapeuzinho Vermelho? Uma história diferente e criativa que mostra a fidelidade da amizade infantil.

OBS: As ilustrações são tão bem feitas, que chegam a ser assustadoras... Um livro que vale muito a pena ler para os pequenos!





*QUADRINHOS DA BRUXINHA, DE EVA FURNARI *

















sábado, 13 de junho de 2009

ENTREVISTA

PRÁTICAS LETRADAS

Maria da Graça Costa Val falou sobre os desafios da alfabetização, sobre os conhecimentos que as crianças têm da língua, sobre cultura e práticas de leitura e escrita, novas tecnologias e práticas alfabetizadoras, entre outras reflexões.
A educadora é formada em Letras pela UFMG, com mestrado em Língua Portuguesa e doutorado em Educação, atua na prática de ensino de Língua Portuguesa. Através do CEALE (Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da Faculdade de Educação da UFMG), Maria da Graça participou e coordenou vários projetos de políticas públicas voltados para a formação de professores de Ensino Fundamental e Médio, para o PNLD (Plano Nacional do Livro Didático) de Ensino Fundamental e para a elaboração de propostas curriculares no Estado de Minas Gerais.
Entre os livros da educadora estão: Redação e Textualidade, (Martins Fontes, 1991); Professor-leitor, aluno-autor, reflexões sobre a avaliação do texto escolar, (Formato/CEALE, 1998, co-publicação com Evangelista, Aracy); Reflexões sobre práticas escolares de produção de textos: o sujeito autor, (Autêntica/CEALE, organizado com Rocha, Gladys, 2003); Texto, textualidade e textualização, (In: Pedagogia Cidadã: cadernos de formação – Língua Portuguesa, UNESP, 2004.)

Diário na Escola – Quais são os desafios de alfabetizar em um mundo de mudança?
Maria da Graça Costa Val
– O desafio é que não basta alfabetizar. É preciso formar o aluno para participar com desenvoltura e autonomia das práticas letradas usuais na sociedade. Se essas práticas mudam tão rapidamente, em função de novas demandas e novas possibilidades tecnológicas, é preciso formar alunos reflexivos, críticos, com capacidade e disponibilidade para aprender e descobrir por conta própria.

Diário na Escola – Hoje o acesso à informação vinculada à língua escrita é acessível de maneira igualitária. Mesmo assim os professores anseiam por um teste, um material que prove, demonstre os conhecimentos que as crianças possuem sobre a língua, acreditando que isso possibilitaria que elas aprendessem mais e melhor. Isso seria reforçar uma política de discriminação?
Maria da Graça Costa Val – A questão é o que se entende por “conhecimentos que as crianças possuem sobre a língua”, mais precisamente, o que se entende por “língua”. No campo das ciências da linguagem, atualmente, não cabe mais dúvida quanto à natureza histórica, social, heterogênea e variável das línguas humanas – todas elas, de qualquer época, de todos os povos, de primeiro e de terceiro mundo. Quer dizer, as línguas humanas mudam no tempo e variam no espaço e na hierarquia social. Nenhuma língua é um bloco homogêneo, cada grupo de falantes tem sua maneira própria de falar, isso é natural, inevitável e funciona muito bem. Isso quer dizer que não existe uma maneira certa de falar que se oponha às outras, que seriam erradas. Todas as maneiras de falar são boas e certas, servem à comunidade de falantes para as suas necessidades de comunicação e de elaboração do pensamento e dos sentimentos. Assim, “os conhecimentos das crianças sobre a língua” são sempre bons e certos. A outra questão é que, historicamente, por necessidades diversas, geralmente ligadas ao exercício do poder e da dominação, as sociedades, ao longo do tempo, acabam definindo uma das maneiras de falar, isto é, uma das variedades lingüísticas, como a variedade padrão, oficial, para ser usada em documentos, aprendida e ensinada na escola, preservada pela ciência e pela literatura, divulgada na imprensa. Por isso, é direito de todo cidadão dominar essa variedade, na leitura e na escrita, para poder usufruir do patrimônio cultural de sua sociedade. Parece que a pergunta centra-se na necessidade de um instrumento que permita ao professor ter um diagnóstico sobre os conhecimentos das crianças quanto à variedade padrão escrita do português. Não há mal nenhum nisso, pelo contrário, quando se tem clareza sobre a natureza heterogênea e variável das línguas humanas. É bom que os professores saibam o que os alunos já conhecem e o que ainda precisam aprender, sobre qualquer objeto de ensino e aprendizagem, para orientarem adequadamente seu trabalho. O cuidado necessário é, no caso do ensino de língua materna, não lidar de forma equivocada e preconceituosa com esse objeto, como se o português fosse só o chamado “português correto”.

Diário na Escola – O que é preciso mudar para gerar novas práticas alfabetizadoras mais democráticas, que permitam a todas as crianças serem alfabetizadas?
Maria da Graça Costa Val
– É preciso colocar dentro da escola, funcionando, muito material impresso e de outras mídias, de boa qualidade. A idéia do jornal, por exemplo, é ótima. Mas, além do jornal, livros de histórias, livros informativos sobre assuntos diversos, revistas, enciclopédias, internet etc., sejam manuseados pelas crianças. É preciso que os alunos convivam e vivam práticas letradas diversas, ganhando familiaridade e autonomia. Entretanto, assim como só alfabetizar não basta, dedicar-se só a desenvolver práticas voltadas para o letramento também não basta. Uma alfabetização democrática, hoje, é aquela que efetivamente alfabetiza – isto é, capacita as crianças a operarem com o sistema de escrita, lendo e escrevendo – e, ao mesmo tempo, contribui para a ampliação do grau de letramento dessas crianças.

Diário na Escola – Hoje fala-se em formar leitores usuários da cultura escrita. O que significa realmente isso? O que fazer para que isso se torne realidade?
Maria da Graça Costa Val – Na nossa sociedade, quem não é leitor tem possibilidades limitadas de trabalho, lazer, participação cultural e crescimento pessoal. O usuário da cultura escrita lê no outdoor, na televisão, no folheto de propaganda, nas embalagens de produtos comerciais, nos manuais de instruções de aparelhos diversos, na revista, na literatura, nos livros não ficcionais, nos impressos técnicos ligados à sua profissão, na internet, nos documentos pessoais, nas contas a pagar. Formar esse leitor pode começar no primeiro dia de aula das crianças de 4 anos, com o professor lendo textos diversos em voz alta (e demandando o envolvimento dos alunos): histórias, contos de fadas, matérias de suplementos infantis de jornais, instruções de jogos etc. E esse trabalho não tem data para terminar: vai numa espiral, crescendo conforme o desenvolvimento cognitivo e os interesses dos alunos, abrangendo textos cada vez maiores e mais complexos, ligados a um círculo cada vez mais amplo de práticas letradas.

Diário na Escola – Alguns teóricos defendem que as crianças precisam empreender atividades de leitura e escrita para compreender o sistema de escrita. A senhora concorda com isso?
Maria da Graça Costa Val – Com certeza. A gente deve aprender a fazer, fazendo e querendo fazer. Quanto mais a leitura e a escrita tiverem razão de ser e se mostrarem úteis e atraentes para os alunos, mais eles vão se envolver, mais depressa vão querer aprender. Escrever em sala de aula não significa “fazer redação”. Antes de ser capaz de encher uma folha de papel, a criança já pode produzir muitos textos escritos que têm sentido e funcionalidade e que possibilitam reflexões produtivas para a compreensão do sistema alfabético e a ortografia do português. Por exemplo, um crachá com seu nome, etiquetas para as prateleiras do armário da sala de aula, uma agenda com nome, endereço e telefone dos colegas, listas, anotações, avisos, convites etc. Essas atividades podem ser feitas coletivamente, com discussão entre os alunos e o professor, em duplas, em grupos e individualmente. Na leitura é a mesma coisa: há muito texto de circulação social que demanda uma interação compreensiva, interpretativa, que se apóia tanto na decifração do sistema de escrita quanto em elementos do contexto: folhetos de oferta de supermercados, propagandas, receitas culinárias, histórias e poemas ilustrados, instruções de jogos etc.

Diário na Escola – Como a escola encara a diversidade escolar? Como essa diversidade pode favorecer a aprendizagem?
Maria da Graça Costa Val – O mundo é diverso, a humanidade é diversa. Ainda bem. A diferença nos completa, nos diverte, nos abre a mente e o coração. Conhecer idéias, pontos de vista, jeitos diferentes de lidar com as coisas é bom, é positivo. Discutir as próprias idéias, precisar explicitá-las e falar delas com clareza e convicção é um ótimo exercício intelectual. Ouvir o outro, procurar entendê-lo, alterar a própria compreensão das coisas em função da explicação, dos argumentos, das dúvidas ou das dificuldades do outro também é uma maneira reflexiva, consistente e natural de aprender. É nesse sentido que a diversidade pode favorecer a aprendizagem. No entanto, a gente sabe que não é fácil operar com a diversidade no cotidiano da sala de aula, porque aparecem demandas, necessidades e expectativas diferentes e isso pode tornar muito complicado o trabalho do professor de organizar e orientar atividades produtivas para todos os alunos. Algumas diversidades requerem preparação especial do professor: como trabalhar, ao mesmo tempo, com crianças ouvintes e crianças com dificuldades auditivas, por exemplo? Quando o poder público pretende implantar um modelo de escola plural inclusivo, em que haja lugar para a convivência com a diversidade, precisa viabilizar essa pretensão oferecendo aos educadores boas condições de atuação, o que inclui formação especial, tempo remunerado, espaço, material e aparelhamento adequados.

Diário na Escola – Temos vivido em nosso país alguns efeitos da escolha por uma teoria não por reflexão, estudo, pesquisa, mas algumas vezes por modismo. Isso trouxe para o trabalho pedagógico o abandono de diversas práticas e atividades. Em alguns casos, por exemplo, passamos de um professor que sempre deixava copiar para outro que se aterroriza por ter um aluno que quer copiar. Isso evidencia um comodismo ou uma dificuldade de reconceitualizar os conhecimentos, descobrir quando uma prática, atividade, é útil e funcional?
Maria da Graça Costa Val – Isso é um processo social e histórico, difícil e complicado mesmo, como toda mudança social. Gera conflitos, tensões, entusiasmo e resistência. É muito difícil abrir mão dos próprios saberes, das próprias convicções, para abraçar uma novidade que parece deslegitimar toda a nossa história pessoal. Por outro lado, mesmo quando se abraça a novidade teórica, é muito difícil aprender a lidar com ela na prática, conseguir traduzi-la numa atuação consistente. Por outro lado, não há teoria completa, que dê conta satisfatoriamente de todos os aspectos do fenômeno: em geral, as teorias focalizam uma dimensão do problema e abandonam outras. Portanto, em primeiro lugar, pareceme que é preciso manter a tranqüilidade, não se angustiar tanto com a situação. A superação dessas dificuldades, a gente sabe, está no bom senso, no equilíbrio. Acho que estamos, agora, pelo menos no campo das discussões teóricas, vivendo um momento de reconsideração crítica de excessos e radicalismos, uma tentativa de recolocar as coisas no lugar. Hoje se reconhece como indispensável o trabalho da criança de “esmiuçar” o sistema de escrita, lidando com letras, sílabas, palavras, para descobrir os segredos do princípio alfabético e da ortografia do português, assim como se reconhece a necessidade imprescindível de atividades que proporcionem compreensão sobre o funcionamento social e utilidade da escrita. Nesse contexto, há lugar para a cópia inteligente: por exemplo, copiar o nome de objetos para fazer etiquetas que serão usadas na sala de aula, copiar a lista das atividades que serão feitas naquele dia, porque essa lista vai ser apagada do quadro negro.

Diário na Escola – Há professores que resistem ao uso de novas tecnologias. Qual sua opinião sobre a incorporação das tecnologias no trabalho escolar? De que modo o professor pode aproveitá-las no trabalho de produção de texto?
Maria da Graça Costa Val – Em primeiro lugar, o professor precisa dominar as novas tecnologias. Para isso, é necessário que ele tenha acesso aos instrumentos e a uma formação especializada para utilizá-los. Isso faz parte das responsabilidades da escola para com seus profissionais, é a formação em serviço, da qual o poder público precisa cuidar. A incorporação das novas tecnologias ao trabalho escolar é inevitável, porque elas já estão incorporadas à vida social. Usar a internet possibilita escrever textos de gêneros diversos para interlocutores distantes e desfrutar de situações autênticas de comunicação: e-mails, blogs, home pages, sites informativos etc. Usar o computador na escrita de qualquer texto, qualquer trabalho escolar, com orientação adequada do professor de português, permite lidar reflexivamente, por exemplo, com a ortografia, com o processo de monitoração, revisão e reelaboração da escrita on-line, com a formatação e a editoração (tipos de letras, ilustrações, gráficos, tabelas, composição das páginas internas, da capa etc.), tendo em mente os objetivos comunicativos, o destinatário, o modo e a esfera de circulação do texto.

Diário na Escola – Em que medida o bom rendimento do aluno é efetivamente resultado de um bom ensino?
Maria da Graça Costa Val – As crianças, ricas ou pobres, são igualmente inteligentes e capazes de aprender. O bom ensino parte desse princípio. Se as crianças das classes menos favorecidas têm oportunidades mais restritas de aprendizagem extra-escolar, a escola tem que se empenhar na ampliação dessas oportunidades, oferecendo aos alunos acompanhamento e orientação para uso de biblioteca, computador e internet, tempo e espaço para estudo extra-turno etc. Essa, a gente sabe, é a escola que sonhamos, mas também é a escola que precisamos começar a construir agora, batalhando, com as condições que temos.
*FONTE: DIÁRIO DO GRANDE ABC - DIÁRIO NA ESCOLA 03/09/2004

TEATRO DE FANTOCHES

HISTÓRIA: "JOÃO E MARIA"


quarta-feira, 10 de junho de 2009

MODELO DE FICHA DE LEITURA

MATEMÁTICA DIVERTIDA...

* DICA LITERÁRIA *

DEZ SACIZINHOS
DESCRIÇÃO:
Uma viagem pela magia e encanto de um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro, o saci, menino negro, com uma perna só, que fuma cachimbo e usa carapuça vermelha que lhe confere poderes mágicos. Ele não é mau, apenas gosta de fazer travessuras, como dar nó no rabo do cavalo, assustar cachorros e pregar peças nos viajantes. Depois cai em gostosas gargalhadas com o resultado das molecagens. Tatiana Belinky, que já tem netos e bisnetos, mais uma vez reparte com os leitores as curtições da infância, que continuam vivinhas, vivinhas em sua memória.Este livro é uma brincadeira de subtrair sacis. Entre versos e estrofes, dez graciosos sacizinhos desaparecem, um a um, em acidentes como fogo no teatro, ingestão de comida estragada, jejum exagerado, quebra de regras... A Cuca acompanha o desenrolar da história camuflada nas formas e cores intensas do ilustrador Roberto Weigand. Um leitor mais desatento não a notará na ponta do arco-íris (sim, neste livro, o arco-íris tem ponta!) ou acomodada numa cadeira de praia. Assim, quando todos os sacis desaparecem, é ela que os traz de volta, sãos e salvos, para que autora e ilustrador instiguem o leitor a continuar a brincadeira. Em 1999, Dez sacizinhos recebeu o prêmio Jabuti de Ilustração de Livro Infantil e Juvenil, além do título "Altamente Recomendável", da Fundação Nacional

Editora: Paulinas
Autor: TATIANA BELINKY













* PARLENDA *


TANGO-LO-MANGO




ERA UMA VELHA QUE TINHA NOVE FILHAS


FORAM TODAS FAZER BISCOITO


DEU O TANGO-LO-MANGO NUMA DELAS


E DAS NOVE FICARAM OITO.




ESSAS OITO, MEU BEM, QUE FICARAM


FORAM TODAS JOGAR CONFETE


DEU O TANGO-LO-MANGO NUMA DELAS


E DAS OITO FICARAM SETE.




ESSAS SETE, MEU BEM, QUE FICARAM


FORAM TODAS APRENDER FRANCÊS


DEU O TANGO-LO-MANGO NUMA DELAS


E DAS SETE FICARAM SEIS.




ESSAS SEIS, MEU BEM, QUE FICARAM


FORAM TODAS COMPRAR UM BRINCO


DEU O TANGO-LO-MANGO NUMA DELAS


E DAS SEIS FICARAM CINCO.




ESSAS CINCO, MEU BEM, QUE FICARAM


FORAM TODAS PINTAR UM QUARTO


DEU O TANGO-LO-MANGO NUMA DELAS


E DAS CINCO FICARAM QUATRO.




ESSAS QUATRO, MEU BEM, QUE FICARAM


FORAM TODAS JOGAR XADREZ


DEU O TANGO-LO-MANGO NUMA DELAS


E DAS QUATRO FICARAM TRÊS.




ESSAS TRÊS, MEU BEM, QUE FICARAM


FORAM TODAS CORRER AS RUAS


DEU O TANGO-LO-MANGO NUMA DELAS


E DAS TRÊS FICARAM DUAS.




ESSAS DUAS, MEU BEM, QUE FICARAM


FORAM AMBAS PARA INHAÚMA


DEU O TANGO-LO-MANGO NUMA DELAS


E DAS DUAS FICOU SÓ UMA




ESSA UMA, MEU BEM, QUE FICOU


FOI PARAR NA CORREÇÃO


DEU UM TANGO-LO-MANGO NELA


E ACABOU-SE A GERAÇÃO.




DA TRADIÇÃO POPULAR






JOGO: QUEM JUNTA MAIS?


QUEM JUNTA MAIS?



* MATERIAL NECESSÁRIO: CARTAS E FICHAS (VER MODELO); UMA FOLHA E UM LÁPIS



* REGRAS:


1. JUNTAR SUAS FICHAS E CARTAS COM A DE SEUS COLEGAS.

2. EMBARALHÁ-LAS E COLOCÁ-LAS VIRADAS PARA BAIXO, FORMANDO UMA PILHA.

3. CADA JOGADOR PEGA UMA CARTA. QUEM TIVER A CARTA MAIOR, GANHA O NÚMERO DE FICHAS CORRESPONDENTE À QUANTIDADE DE CARTA.

4. VENCE O JOGO AQUELE QUE JUNTAR O MAIOR NÚMERO DE FICHAS.

JOGO: CORRIDA DO CIRCO



CORRIDA DO CIRCO
* ESCOLHER UM COLEGA PARA JOGAR.
* CADA UM ESCOLHE UM BOTÃO E UM CAMINHO.
* CADA JOGADOR LANÇA O DADO E MOVIMENTA O BOTÃO DE ACORDO COM O NÚMERO INDICADO.
* SE CAIR EM UMA CASA COM FLECHA AVANÇA 1 CASA.
* VENCE O JOGO AQUELE QUE CHEGAR PRIMEIRO AO PICADEIRO.



segunda-feira, 8 de junho de 2009

JOGO: TRILHA DAS CONTINHAS


JOGO: AS PINTAS DA JOANINHA


AS PINTAS DA JOANINHA





* MATERIAL NECESSÁRIO: 1 TABULEIRO E 1 DADO PARA CADA JOGADOR; 20 PINTAS PARA CADA JOGADOR.



* NÚMERO DE PARTICIPANTES: 2.




* COMO JOGAR:

1. CADA JOGADOR LANÇA SEUS DADOS AO MESMO TEMPO E AQUELE QUE OBTIVER A MAIOR QUANTIDADE PEGA ESSA QUANTIDADE DE PINTAS E COLOCA SOBRE AS PINTAS DA JOANINHA.

2. SE A QUANTIDADE SORTEADA FOR A MESMA PARA OS DOIS JOGADORES, OS DADOS DEVEM SER LANÇADOS NOVAMENTE.

3. O OBJETIVO DO JOGO É SER O PRIMEIRO A COBRIR TODAS AS PINTAS DA SUA JOANINHA. MAS, ATENÇÃO! NO FINAL, É PRECISO TIRAR NO DADO A QUANTIDADE EXATA DE PINTAS QUE AINDA NÃO FORAM COBERTAS. POR EXEMPLO, SE FALTAR APENAS UMA PINTA, É PRECISO TIRAR A QUANTIDADE 1 NO DADO.

JOGO: BATALHA DOS ANIMAIS







BATALHA DOS ANIMAIS
* MATERIAL NECESSÁRIO: 20 CARTAS
* NÚMERO DE PARTICIPANTES: 2
* COMO JOGAR:
1. PARA JOGAR, É NECESSÁRIO APENAS UM BARALHO.
2. PEGUE O BARALHO E EMBARALHE BEM.
3. EM SEGUIDA, DIVIDA AS CARTAS IGUALMENTE ENTRE VOCÊS. CADA UM DEVERÁ FORMAR UM MONTE E COLOCÁ-LO NA SUA FRENTE, COM AS CARTAS VIRADAS PARA BAIXO.
4. POR SORTEIO, DECIDE-SE QUEM SERÁ O PRIMEIRO A JOGAR.
5. O JOGADOR SORTEADO PEGA UMA CARTA DO SEU MONTE, LÊ AS INFORMAÇÕES SOBRE O ANIMAL E ESCOLHE A CARACTERÍSTICA QUE ELE CONSIDERA MAIS FORTE DESSE ANIMAL. POR EXEMPLO: SE ELE PEGAR A CARTA DA BALEIA-AZUL, DEVERÁ DIZER "PESO", POIS NÃO HÁ OUTRO ANIMAL MAIS PESADO DO QUE ELA.
6. EM SEGUIDA, O OUTRO JOGADOR DEVERÁ MOSTRAR A CARTA QUE PEGOU E COMPARAR QUEM TEM O NÚMERO MAIOR, DE ACORDO COM A INFORMAÇÃO ESCOLHIDA PELO COLEGA NESSA RODADA. POR EXEMPLO, QUAL O ANIMAL MAIS ALTO, OU O MAIS PESADO, OU O QUE TEM O MAIOR NÚMERO DE PATAS, ETC. AQUELE QUE TIVER A CARTA COM O MAIOR NÚMERO FICA COM A CARTA DO OUTRO JOGADOR. SE HOUVER EMPATE, O JOGADOR PEGA OUTRA CARTA E FALA NOVAMENTE UMA CARACTERÍSTICA QUE CONSIDERA FORTE. SE GANHAR, FICA COM AS QUATRO CARTAS. SE PERDER, O OUTRO JOGADOR PEGA AS CARTAS.
O OBJETIVO DO JOGO É FICAR COM A MAIOR QUANTIDADE DE CARTAS.




domingo, 7 de junho de 2009

ATIVIDADE DE ESCRITA


Escrita de uma canção conhecida

Tipo de atividade: escrita
Duração aproximada: 20 minutos
Objetivo: Que os alunos possam avançar na reflexão sobre o sistema de escrita.
Desafios colocados para os alunos
• Escolher quantas e quais letras serão utilizadas.
• Refletir sobre escolhas diferentes para a mesma necessidade (quando a atividade for em dupla e os dois colegas fazem opções diferentes sobre quantas e quais letras utilizar).
• Interpretar a própria escrita (ler o que escreveu), justificando para si mesmo e para os outros as escolhas feitas ao escrever.
Procedimentos didáticos específicos desse tipo de atividade
O professor precisa:
1. Garantir que os alunos saibam o texto de memória (isso não significa conhecer a escrita do texto de memória — apenas devem saber cantá-lo).
2. Organizar agrupamentos heterogêneos produtivos, em função do que os alunos sabem sobre a escrita e sobre os conteúdos da tarefa que devem realizar (a atividade pode ser feita perfeitamente em duplas).
3. Esclarecer as diferentes funções do trabalho em dupla: um escreve e o outro dita, cada um contribuindo com o outro.
4. Certificar-se de que os alunos não consultam o texto (no caso de poderem ter acesso ao texto escrito, no Caderno de Textos ou em um cartaz); isto transformaria a atividade em uma situação de cópia, que não é a proposta.
5. Ajustar o nível de desafio às possibilidades dos alunos, para que realmente tenham problemas a resolver.
6. Garantir a máxima circulação de informações, promovendo a socialização das produções escritas.
Procedimentos dos alunos
Os alunos precisam:
1. Saber o texto de cor.
2. Escrever o texto em dupla, considerando as diferentes funções dos integrantes — um escreve e o outro dita.
3. Discutir as diferentes formas de resolver a tarefa.
4. Socializar os resultados do trabalho.
Adequação da atividade considerando o conhecimento dos alunos
Alunos com escrita não-alfabética:
• Os alunos com escrita silábica, por exemplo, que já fazem uso do conhecimento sobre o valor sonoro das letras, podem fazer parceria com alunos com escrita silábica que fazem pouco ou nenhum uso do valor sonoro, com alunos de escrita silábico-alfabética ou de escrita pré-silábica.
Nessas parcerias podemos propor que:
• Os alunos com escrita silábica, que fazem pouco ou nenhum uso do valor sonoro, escrevam, enquanto os alunos com escrita silábica, que já fazem uso do valor sonoro das letras, ditam.
• Os alunos com escrita pré-silábica ditem e os outros parceiros escrevam.
• Os alunos com escrita silábica, que já fazem uso do valor sonoro das letras, escrevam, enquanto
os alunos com escrita silábico-alfabética ditam.
Alunos com escrita alfabética:
• Alunos com escrita alfabética podem ser organizados em duplas para realizar a atividade da mesma forma, tendo que pensar nas questões ortográficas. Outra possibilidade é escrever o texto usando letras móveis - o professor deve selecionar e entregar somente as letras que compõem a escrita da canção, tendo os alunos que se concentrar na escrita precisa das palavras.
Intervenção do professor
O professor deve verificar se todos compreenderam o que foi proposto, organizar as duplas e indicar a função de cada integrante. Essa organização deve partir do que o professor conhece sobre o que seus alunos sabem e os desafios que deve propor a cada um.
É importante que o professor caminhe pela sala, observando como os alunos estão realizando a atividade, verificando quais são as questões que estão se colocando. É importante problematizar suas respostas enquanto realizam a atividade, para que pensem ainda mais nas questões referentes à escrita.
Quando os alunos com escrita não-alfabética tiverem dúvidas em relação à escrita, vale a pena remetê-los, se possível, a palavras cuja forma lhes é conhecida — como por exemplo a lista dos nomes dos colegas. E quando os alunos com escrita alfabética tiverem dúvidas em relação à ortografia, pode-se indicar o uso do dicionário, a consulta a uma lista de palavras que não podem mais errar, organizada por eles mesmos, ou a observação de como estão escritas em um determinado texto.
Evidentemente, não é possível acompanhar todos os grupos de alunos numa mesma aula. Por isso, é importante que o professor organize um instrumento de registro em que anote quais alunos pôde acompanhar de perto no dia, mantendo um controle que lhe permita progressivamente
intervir junto a todos.
*FONTE: COLETÂNEA DE TEXTOS - PROFA - MÓDULO 1

sábado, 6 de junho de 2009

FELICIDADE CLANDESTINA


Felicidade clandestina *
Clarice Lispector

Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria.
Pouco aproveitava. E nós menos ainda: até para aniversário, em vez de pelo menos um livrinho barato, ela nos entregava em mãos um cartão-postal da loja do pai. Ainda por cima era de paisagem do Recife mesmo, onde morávamos, com suas pontes mais do que vistas. Atrás escrevia com letra bordadíssima palavras como "data natalícia" e "saudade".
Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho.
Como essa menina devia nos odiar. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações a que ela me submetia: continua a implorar lhe emprestados os livros que não lia.
Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer sobre mim uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o.
E complemente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria.
Até o dia seguinte eu me transformei na própria esperança da alegria: eu não vivia, eu nadava
devagar num mar suave, as ondas me levavam e me traziam.
No dia seguinte fui à sua casa, literalmente correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem para meus olhos, disse-me que havia emprestado o livro a outra menina e que eu voltasse no dia seguinte para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em breve a esperança de novo me tomava toda e eu recomeçava na rua a andar
pulando, que era meu modo estranho de andar pelas ruas do Recife. Dessa vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, andei pulando pelas ruas como sempre e não caí nenhuma vez.
Mas não ficou simplesmente nisso. O plano secreto da filha do dono da livraria era tranqüilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo.
Para ouvir a reposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte.
Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do "dia seguinte" com ela ia se repetir com meu coração batendo.
E assim continuou. Quanto tempo? Não sei. Ela sabia que era tempo indefinido, enquanto o fel não escorresse todo de seu corpo grosso. Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho.Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem de tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob meus olhos espantados.
Até que um dia, quando eu estava à porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa,
apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta
de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas.A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo.Até que essa mãe boa entendeu.Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler!
E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida, a menina loura em pé à sua frente, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: "E você fica com o livro por quanto tempo quiser". Entendem? Valia mais do que me dar o livro: "pelo tempo que eu quisesse" é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu estava estonteada, e assim recebi o livro na mão. Acho que eu não disse nada. Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando devagar. Sei que segurava o livro grosso com as duas mãos, comprimindo-o contra o peito. Quanto tempo levei até chegar em casa, também pouco importava. Meu peito estava quente, meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei
ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar… Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.



* O primeiro beijo e outros contos - Antologia, São Paulo, Ática, 1998.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

VÍDEO: O CASAMENTO DA DONA BARATINHA

http://www.youtube.com/watch?v=LEa17NS7Uok




http://www.youtube.com/watch?v=BBDRb0mQEDk

DONA BARATINHA - VERSÕES


O Casamento de Dona Baratinha


Era uma vez uma baratinha que varria o salão quando, de repente, encontrou uma moedinha:

- ObA! Agora fiquei rica, e já posso me casar!

Este era o maior sonho da Dona Baratinha, que queria muito fazer tudo como tinha visto no cinema. Então, colocou uma fita no cabelo, guardou o dinheiro na caixinha, e foi para a janela cantar:

- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?

Um ratinho muito interesseiro estava passando por ali, e ficou imaginando o grande tesouro que a baratinha devia ter encontrado para cantar assim tão feliz. Tentou muito chamar sua atenção e dizer:

- Eu quero! Eu quero!

Ele era muito pequeno e tinha a voz muito fraquinha e, enquanto cantava, Dona Baratinha nem ouviu. Então chegou o cachorrão , com seu latido forte; foi logo dizendo:

- Eu quero! Au! Au! Dona Baratinha se assustou muito com o barulhão dele, e disse:

- Não, não, não, não quero você não, você faz muito barulhão!

E o cachorrão foi embora.

O ratinho pensou: agora é minha vez! Mas...

- Eu quero, disse o elefante.

Dona Baratinha, com medo que aquele animal fizesse muito barulho, pediu que ele mostrasse como fazia. E ele mostrou:

- Não, não, não, não quero você não, você faz muito barulhão!

E o elefante foi embora.

O ratinho pensou novamente:

- Agora é a minha vez!

Mas... Outro animal já ia dizendo bem alto:

- Eu quero! Eu quero!

E Dona Baratinha perguntou:

- Como é o seu barulho?

- GRRR!

- Não, não, não, não quero você não, você faz muito barulhão!

E vieram então vários outros animais: O leão, a onça, o tigre, o papagaio.
A todos, Dona Baratinha disse não: ela tinha muito medo de barulho forte. E continuou a cantar na janela:

- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha? Também veio o urso, o cavalo, o galo, o touro, o bode e até o jacaré.
A todos a baratinha disse não. Dona Baratinha já estava quase desistindo de encontrar aquele com quem iria se casar. Foi então que percebeu alguém pulando, exausto de tanto gritar:
- Eu quero! Eu quero!
- Ah! Achei alguém de quem eu não tenho medo! E é tão bonitinho! disse a Dona Baratinha. Enfim, podemos nos casar! Então, preparou a festa de casamento mais bonita, com novas roupas, enfeites e, principalmente, comidas. Essa era a parte que o Ratinho mais esperava: a comida. O cheiro maravilhoso do feijão que cozinhava na panela deixava o Ratinho quase louco de fome. Ele esperava, esperava, e nada de chegar a hora de comer. Já estava ficando verde de fome!
Quando o cozinheiro saiu um pouquinho de dentro da cozinha, o Ratinho não aguentou:

- Vou dar só uma provadinha na beirada da panela, pegar só um pedacinho de carne do feijão, e ninguém vai notar nada...

Que bobo! A panela de feijão quente era muito perigosa, e o Ratinho guloso não devia ter subido lá: caiu dentro da panela de feijão, e nunca mais voltou. Dona Baratinha ficou muito triste que seu casamento tenha acabado assim. No dia seguinte, decidiu voltar à janela novamente e recomeçar a cantar, mas... Desta vez iria prestar mais atenção em tudo o que era importante para ela, além do barulhão, é claro!

- Quem quer casar com a Dona Baratinha, que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha?



CARLOS CUNHA

O poeta sem limites








DICA LITERÁRIA: DONA BARATINHA

SINOPSE:
Dona Baratinha achou uma moeda e pensou que, estando rica, poderia se casar. Então, se arrumou e foi para a janela procurar um noivo. Muitos candidatos apareceram: o boi, o gato, o cachorro, mas o ratinho foi o escolhido. A noiva chegou na igreja, mas o ratinho não apareceu. Ela acabou desistindo do casamento. O noivo? De tão guloso, tinha caído na panela de feijão. Dona Baratinha resolveu pegar o dinheiro e se divertir.




OBS: AMO ESTA HISTÓRIA!!! INCLUSIVE TENHO UMAS TRÊS VERSÕES DIFERENTES DELA. NA POSTAGEM ABAIXO, VCS PODEM CONFERIR UM ROTEIRO DE LEITURA E ATIVIDADES DESTA HISTÓRIA.

DONA BARATINHA - ATIVIDADES









* FONTE: ROTEIRO DE LEITURA E ATIVIDADES / COLEÇÃO LÊ PRA MIM - ED. FTD